Realizou-se dia 21 de Março no Auditório Municipal da Figueira da Foz, o encontro nacional de Engenharia Civil 2009, subordinado ao tema "A Qualidade dos Actos em Engenharia Civil", e organizado pelo Colégio de Engenharia Civil da Ordem dos Engenheiros. A Universidade do Minho teve o gesto de oferecer 10 convites para o encontro, e mediante um sorteio após as inscrições encontrou-se os "sortudos", sendo que eu fui um dos agraciados.
A ordem disponibilizou um autocarro a partir da sua sede no Porto, estando prevista a sua saída a partir das 7h30, como tal tive de sair de casa às 6h. Notar o facto do autocarro apenas ter saído do Porto às 8h e de apenas levar 7 ocupantes.
Chegados ao edifício da Biblioteca Municipal, que contemplava também um museu e o referido Auditório, tempo ainda para um breve café acompanhado por uns biscoitos.
Na cerimónia de abertura estiveram presentes o Eng. Mário Lino(Ministro das Obras Públicas e Comunicações), o Eng. Fernando Santo(Bastonário da Ordem), o Eng. Hipólito Sousa(Presidente do Colégio de Engenharia Civil), o Eng. Celestino Quaresma(Presid. do CDRC) e fala-se que futuro bastonário, esteve ainda presente o Eng. António Silva(Presid. da Câmara da Figueira).
Referir a grande quantidade de jovens(faixa etária na qual me incluo) presentes no encontro, mais de 50% da plateia, reforçando assim a vitalidade destes encontros.
Após a breve sessão de abertura deu-se início aos trabalhos, sendo a conferência inaugural feita por Blaide D. Leonard, presidente da ASCE(American Society of Civil Engineers), na qual exemplificou a forma como a formação de uma engenheiro é feita nos USA, nomeadamente o facto de após os 5 anos de estudos, existirem 4 anos de estágio tutorial e um exame final após esse período, no entanto dispõem de menor número de horas lectivas que aqui.
A conferência seguinte foi dedicada à temática "Software e Qualidade dos Actos", e contava no painel com elementos da Ordem, nomeadamente o Eng. Eduardo Júlio e representantes de empresas de Software. Foi um debate bastante acalorado devido ao facto de tentar-se encontrar justificação para péssimos projectos, no caso de estruturas, e também teve o condão de lançar a discussão acerca da necessidade de se ensinar métodos expeditos de dimensionamento, e desse modo assegurar algum distanciamento e poder crítico acerca dos resultados dos muitos softwares usados em projecto. Falou-se ainda da questão da certificação, tanto do software como do utilizador. Devido a estas questões tão preocupantes e estruturantes, as intervenções foram muitas e empolgadas, o que ditou o arrastamento dos trabalhos e consequente atraso na hora do almoço.
Almoço esse que foi servido no Centro de Artes e Espectáculos Pedro Santana Lopes.
Da parte da tarde a primeira conferência foi dedicada ao tema "Legislação e Qualidade dos Actos", na qual se tratou da questão legislativa e na cada vez maior dificuldade dos engenheiros na interpretação das mesmas. Falou-se também da revisão do decreto 73/73, com publicação prevista para Abril, a confiar nos prazos referidos pelo ministro Mário Lino na parte da manhã.
Intervalo para mais um cafezinho, para de seguida os trabalhos serem retomados com o mote da "Formação, Actos e Competências", com a presença nomeadamente do Eng. Alfredo Soeiro(FEUP) e do Eng. Luís Picado (FCTUC), este painel tentou encontrar um modelo de formação de modo a garantir uma melhor qualidade nos actos, por outro lado, discutiu-se as competências e a necessidade ou não de uma formação contínua, para além de se tentar arranjar formas de auxiliar o mercado na questão de um historial de obra do engenheiro, de modo a aumentar a segurança das empresas quando contratam um projectista.
A sessão de encerramento contou com o Eng. Hipólito de Sousa, o Eng. Celestino Quaresma e o Eng. Fernando Santo, e foi este último na qualidade de bastonário a dar por encerrado os trabalhos, tendo ainda assim, proferido um discurso de mais de 30 min, em que abordou os progressos que conseguiu na ordem, a forma como o poder central e os lobbys instalados retiram cargos e funções teoricamente destinados a engenheiros, de notar ainda a importância que atribui ao marketing, visto a ordem ter credibilidade mas faltar-lhe alguma visibilidade, de modo a que as suas muitas legítimas reclamações sejam atendidas rapidamente pela administração central.
A ordem disponibilizou um autocarro a partir da sua sede no Porto, estando prevista a sua saída a partir das 7h30, como tal tive de sair de casa às 6h. Notar o facto do autocarro apenas ter saído do Porto às 8h e de apenas levar 7 ocupantes.
Chegados ao edifício da Biblioteca Municipal, que contemplava também um museu e o referido Auditório, tempo ainda para um breve café acompanhado por uns biscoitos.
Na cerimónia de abertura estiveram presentes o Eng. Mário Lino(Ministro das Obras Públicas e Comunicações), o Eng. Fernando Santo(Bastonário da Ordem), o Eng. Hipólito Sousa(Presidente do Colégio de Engenharia Civil), o Eng. Celestino Quaresma(Presid. do CDRC) e fala-se que futuro bastonário, esteve ainda presente o Eng. António Silva(Presid. da Câmara da Figueira).
Referir a grande quantidade de jovens(faixa etária na qual me incluo) presentes no encontro, mais de 50% da plateia, reforçando assim a vitalidade destes encontros.
Após a breve sessão de abertura deu-se início aos trabalhos, sendo a conferência inaugural feita por Blaide D. Leonard, presidente da ASCE(American Society of Civil Engineers), na qual exemplificou a forma como a formação de uma engenheiro é feita nos USA, nomeadamente o facto de após os 5 anos de estudos, existirem 4 anos de estágio tutorial e um exame final após esse período, no entanto dispõem de menor número de horas lectivas que aqui.
A conferência seguinte foi dedicada à temática "Software e Qualidade dos Actos", e contava no painel com elementos da Ordem, nomeadamente o Eng. Eduardo Júlio e representantes de empresas de Software. Foi um debate bastante acalorado devido ao facto de tentar-se encontrar justificação para péssimos projectos, no caso de estruturas, e também teve o condão de lançar a discussão acerca da necessidade de se ensinar métodos expeditos de dimensionamento, e desse modo assegurar algum distanciamento e poder crítico acerca dos resultados dos muitos softwares usados em projecto. Falou-se ainda da questão da certificação, tanto do software como do utilizador. Devido a estas questões tão preocupantes e estruturantes, as intervenções foram muitas e empolgadas, o que ditou o arrastamento dos trabalhos e consequente atraso na hora do almoço.
Almoço esse que foi servido no Centro de Artes e Espectáculos Pedro Santana Lopes.
Da parte da tarde a primeira conferência foi dedicada ao tema "Legislação e Qualidade dos Actos", na qual se tratou da questão legislativa e na cada vez maior dificuldade dos engenheiros na interpretação das mesmas. Falou-se também da revisão do decreto 73/73, com publicação prevista para Abril, a confiar nos prazos referidos pelo ministro Mário Lino na parte da manhã.
Intervalo para mais um cafezinho, para de seguida os trabalhos serem retomados com o mote da "Formação, Actos e Competências", com a presença nomeadamente do Eng. Alfredo Soeiro(FEUP) e do Eng. Luís Picado (FCTUC), este painel tentou encontrar um modelo de formação de modo a garantir uma melhor qualidade nos actos, por outro lado, discutiu-se as competências e a necessidade ou não de uma formação contínua, para além de se tentar arranjar formas de auxiliar o mercado na questão de um historial de obra do engenheiro, de modo a aumentar a segurança das empresas quando contratam um projectista.
A sessão de encerramento contou com o Eng. Hipólito de Sousa, o Eng. Celestino Quaresma e o Eng. Fernando Santo, e foi este último na qualidade de bastonário a dar por encerrado os trabalhos, tendo ainda assim, proferido um discurso de mais de 30 min, em que abordou os progressos que conseguiu na ordem, a forma como o poder central e os lobbys instalados retiram cargos e funções teoricamente destinados a engenheiros, de notar ainda a importância que atribui ao marketing, visto a ordem ter credibilidade mas faltar-lhe alguma visibilidade, de modo a que as suas muitas legítimas reclamações sejam atendidas rapidamente pela administração central.
Bem, dado que percebo pouco ou nada sobre o assunto, resta-me dizer que... "Isso é que é vida, hein?". Lol.
ResponderEliminarAinda bem que foste um dos seleccionados. Penso que tiraste o máximo partido da Conferência, como aliás, já me tenho apercebido de que o fazes em qualquer cisrcunstância.
Beijinhos!
Espero, que os futuros Senhores Engenheiros, tenham aproveitado bem esse encontro...pena foi a viagem de autocarro, como acima mencionaste...sete ocupantes...que viagem terrível...pareciam sardinhas enlatadas....bom, isto foi uma brincadeira,o que quero dizer é para continuares a escrever. É muito difícil, aparecerem hoje em dia jovens, a escrever assim, com tanta clareza e com uma sequência de ideias espantosa. Os meus parabéns!
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