sábado, 23 de novembro de 2013

Timișoara - Roménia

Fazer os cerca de 150 kms que separam Timisoara de Novi Sad, não é definitivamente uma tarefa fácil, dado que não existe ligação direta entre as duas cidades, quer de autocarro ou comboio.
Contudo após uma pesquisa pela internet, era suposto existir um comboio desde Jimbolia, que é uma pequena cidade romena que dista 3 km da fronteira, e que outrora já pertenceu à Sérvia, para Timisoara.
Para chegar a Jimbolia o melhor seria um autocarro de Novi Sad para Srpska Crnja, pequena aldeia perto da fronteira com a Roménia.
A distância dessa viagem era de cerca de 103 km, que levou umas "naturais" 3 horas chegando ao destino perto das 19h, algo em parte explicável pelos desvio para levar passageiros à porta de suas casas (tendo inclusive em muitos casos de inverter a marcha) e com uma paragem pelo meio para arrefer o motor do desgastado autocarro.
Contudo o motorista não fez o favor me deixar na fronteira, tendo de fazer esses 2 kms a pé. 
Após atravessar mais uma fronteira a pé, teria também de fazer os 3 kms até Jimbolia a pé, sendo que a estrada era estreita e com uma reta contínua e plana sem passeios ou iluminação, dando a ilusão de se continuar sempre no mesmo local.
Já muito perto da entrada de Jimbolia começou a chover, e para piorar ainda mais as coisas, o último comboio havia partido às 17h25, contudo felizmente era o meu dia de sorte, pois estava com um romeno que tinha feito também estes kms a pé comigo, dado que tinha ido a um congresso de anarquista numa pequena vila na Sérvia, e que gentilmente me perguntou se queria boleia para Timisoara, sendo que comecei aí a mudar a imagem muito distorcida que temos em Portugal da Roménia e dos Romenos. E assim fizemos os cerca de 40 kms, junto com os pais da namorada desse simpático romeno, num pequenino mas aconchegado daewoo matiz. 
Chegado ao hostel, quatro simpáticos sérvio convidaram, após uma amigável conversa sobre Portugal, o Benfica, Markovic e algumas questões políticas, a ir com eles a um bar/discoteca Fratelli, com um conceito muito interessante, aonde predominavam as pequenas mesas, junto a confortáveis e enormes sofás. 
Timisoara surprendeu-me pela positiva não apenas pelas pessoas, mas por alguma organização, os muitos estilos arquitéctónicos, os muitos parques verdes, mas sobretudo por ser uma cidade aparentemente bastante calma.

















Uma pena é que alguns desses bonitos edifícios a receber o tratamento que merecem o que lhes daria outro impacto.


A Roménia já aderiu também à moda dos centros comerciais, sendo o Iulius Mall um deles, o maior daqueles que vi nesta zona do globo.

O tratamento que dado às condições de segurança em obra, faz recordar o passado em Portugal, por exemplo, uma obra no centro da cidade de contrução de um viaduto para o tráfego automóvel, encontrava-se completamente aberta, permitindo o acesso à frente de obra a crianças, idosos, pessoas de bicicleta, motos, lado a lado com cabos de aço, maquinaria, etc, sem um mínimo de organização e arrumação, isto num sábado.
 
Curioso, também um edital de obra muito artesanal.
Sendo esta cidade a última paragem da viagem e a primeira etapa do regresso a Portugal.

sábado, 16 de novembro de 2013

Novi Sad - Sérvia

Novi Sad, a segunda maior cidade da Sérvia, e capital da província da Vojvodina, que após a independência do Montenegro e da autodeclaração de independência do Kosovo, é a única província autónoma que ainda pertence à Sérvia das províncias que pertenciam à Jugoslávia.
Em Novi Sad salta logo à vista a enorme fortaleza (Petrovaradin Fortress) que ladeia a cidade, que proporciona uma agradável vista sobre a cidade e sobre o rio Danúbio, fazendo este uma pequena mas linda baía na parte mais a oeste.
Aqui pode-se caminhar, comer, comprar recordações ou apenas aproveitar o belo miradouro, sendo este o local aonde se realiza anualmente o EXIT Festival, que este ano de 2013 contou por exemplo com Snoop Doog, Snoop Dogg, Fatboy Slim, The Prodigy, David Guetta e os portugueses Moonspell.
Numa das pontes sobre o rio Danúbio foi colocado novo tabuleiro, depois de o anterior ter sido destruído pelos bombardeamentos da NATO em 99, sendo que a outra ponte continua sem o tabuleiro. 













O centro histórico apresenta-se também com muita vida, onde a praça da Liberdade (Trg Slobode) ocupa o lugar principal, onde temos Igreja de Santa Maria. Ali junto temos também o palácio dos bispos (Vladicanski Dvo) e o parque do Danúbio. 










sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Belgrado - Sérvia

Ponto prévio: tal como me havia sido alertado, é necessário no mínimo 3 dias para conhecer convenientemente a capital da ex capital do reino da Jugoslávia. Felizmente tive a sorte de poder estar lá 3 dias.
Começei talvez por ver a melhor local de Belgrado, o Kalemegdan Park tem uma vista esplêndida sobre a Nova Belgrado e da junção do rio Sava com o Rio Danúbio, sendo um local calmo, amplo e que proporciona aos turistas e nativos uma tarde bem passada a ler um livro, a conversar e a usufruir também da história toda que envolve o mesmo, sendo o pôr do sol maravilhoso.







Para além deste espectacular parque, Belgrado conta também com outros, nomeadamente o Students Park, mais perto do centro da cidade, nomeadamente a cerca de 400 metros da praça da república e da Kneza Mihaila, talvez a principal rua pedonal da cidade, cheia de vida e comércio.


Em termos religiosos Belgrado apresenta essencialmente símbolos ortodoxos, nomeadamente o tempo de São Sava, o maior templo ortodoxo da europa, que infelizmente se encontra em obras de renovação. O catedral de São Miguel Arcanjo é outra bonita igreja ortodoxa.


As marcas do bombardemento da NATO em 1999 no antigo edifício sede do exército ainda são bem visíveis, sendo que infelizmente pelas piores razões este parece ser um ponto turístico.
Ficanto este edifício perto do agradável e diferente bar Mr. Stefan Braun.

Os sérvio assemelham-se um bocado a nós na parte de gostarem de aproveitar o melhor da vida, dispondo de bares, restaurante e hoteis, aonde se pode saborear por exemplo um bom vinho do Porto.