sábado, 7 de março de 2009

Da União Soviética à Rússia - por José Milhazes




Em primeiro lugar gostaria de salientar o tempo que passei à procura da Biblioteca Municipal em Fafe. Por fim, lá a encontrei auxiliado pelas habitantes de Fafe e acabei até por ter tempo para esperar pelo senhor José Milhazes, correspondente da SIC, RDP e Agência Lusa, sendo que eu acompanho mais o seu trabalho através do seu blog pessoal, em http://blogs.publico.pt/darussia.
A primeira impressão que me veio à cabeça e me espantou foi a sua altura, algo que não espera.
Tempo depois para me sentar na última fila, e para avaliar o público presente, de notar uma maioria de um público de certa idade e em muitos casos muita idade mesmo, fruto também dos apoios e dos promotores da conferência. Estariam ao todo cerca de 50 pessoas, enquadrando-me eu numa das faixas etárias presentes.
Vamos então falar da tão esperada conferência(por mim).
Começou-se por uma apresentação do senhor José Milhazes, referiu-se a sua naturalidade(Póvoa de Varzim), o facto de ter passado pelo Seminário, atendeu-se também ao facto de ter sido condecorado pela Estónia, pelos serviços prestados. Realçar o facto de Milhazes ser casado com uma estónia(presente também na conferência).
Milhazes começou por contar o que o levou à Rússia em 1977, justificando-se pelo facto de querer descobrir o paraíso na terra. Cedo perdeu as suas ilusões comunistas que tinha e viu uma sociedade que passava por dificuldades fruto do investimento russo em armamento e das participações com derrotas em várias guerras.
Esse período comunista em que a economia era baseada na produção de Gás e Petróleo, o que na altura não era muito lucrativo pelo facto destas matérias primas estarem baratíssimas(9 dólares o barril).
De seguida referiu-se ao período liderado por Mikhail Gorbachev, em que tentou realizar reformas mas a economia estava ainda sem os recursos necessários para a reabilitação do país e também a falta de entusiasmo e motivação da sociedade não ajudou o país a erguer-se.
Notar a ingenuidade e a presença de valores deste senhor, pois ao contrário dos outros cumpriu o pacto de varsóvia, e deixou a alemanha unificar-se, enquanto que como prémio não obteve a dissolução da NATO(OTAN).
A Rússia continuou sem aproveitar politicamente esta falta de palavra e não tirou daí nenhuns frutos. De seguida Gorbachev foi traído e quando estava a fazer um bom trabalho no sentido de impedir as 15 repúblicas soviéticas de se tornarem independentes, apenas as bálticas eram impossível isso não acontecer, foi-lhe retirado o tapete, e com isso deu-se o fim da união soviético.
Logo após a Rússia importou várias pessoas ocidentais no sentido de lhes transmitirem os fundamentos das democracias ocidentais. Mas mais uma vez os russos sairam a perder, pois esse facto resultou no surgimento dos denominados Oligarcas, fruto de aproveitamento e monopólios.
Eis senão quando que surge uma personagem que promete devolver à Rússia o fulgor e o orgulho perdido, nem mais nem menos que Vladimir Putin, actual primeiro ministro e durante muitos anos Presidente.
Mas após uns anos de desenvolvimento, que não foram aproveitados para consolidar e diversificar a economia, chega-se agora a esta crise e estando um tanto ao quanto dependente da duração desta para se poder ou não reabilitar facilmente.
Realce ainda para o facto de José Milhazes contar o segredo(não o 4º de Fátima), segredo esse, não era mais do que o facto de ter conhecido na Rússia e de se ter tornado amigo dum conterrêneo dos presentes na conferência, José Sampaio Marinho, natural de Cepães(Fafe), tradutor de poemas russos e poeta.
Uma frase interessante doi a seguinte "Seminário, escola de esquerda"(frase com a qual concordo em absoluto, fruto também da minha experiência pessoal).
Na fase do questionário notar a questão e a surpresa com que muitos viram o facto de Milhazes não ter considerado o 25 de Abril como uma revolução.

1 comentário:

  1. Bem... Tanta devoção a um só País :)
    Se os portugueses demonstrassem nem que fosse 1/4 da emotividade pelo seu país que senti por parte do blogger ao escrever este texto, mas também do autor da Conferência, poderia afirmar convicta que este país não seria conhecido pelos estudos como triste, desconfiado, egoísta, e ignorante.

    Beijinhos!

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